quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Engolindo sapos

Engolir sapos pela vida afora é uma coisa muito comum para a maioria das pessoas.

Engolimos dos pequenos aos grandes sapos e todos, de uma forma ou de outra, descem e fica por isso mesmo.
Todo mundo cria seus sapos.
Hospitais, restaurantes, bancos (um dos maiores criadores), seguradoras, escolas, operadoras de cartão de crédito, empresas de transporte, igrejas, supermercados, táxis, empresas de telefonia, lojas, empresas em geral, governo (o maior criador; cria também elefantes e rinocerontes), amigos, família, etc.
sapos-amor-sociedade


O amor é outro grande criador de sapos.
Pode não ser o maior criador, mas é o mais habituado em fazer com que as pessoas engulam seus sapos.
Tem gente que se engasga, esperneia, chia, chora, se esconde, some, mas, do nada, estão de volta com outro sapão esperneando na boca.
Engolem e ficam macios como seda.
O último sapo que engoli?
Só pra variar, foi do amor.
A última companheira que tive me disse na lata:
Você?, você não tem futuro como homem!
O sapão desceu rasgando, lágrimas nos olhos, e a criadora de sapos…
Nem aí!
Não é uma merda?

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